
O livro da jornalista e escritora americana
Joan Didion é muito bonito. Ela relata o ano que passou depois da morte súbita do marido John e da doença da filha Quintana. A narrativa é circular, com repetição de datas, lembranças doloridas, acontecimentos e frases ditas pelo marido, por ela e pela filha, ou por algum escritor ou amigo. Mas não fica chato. A impressão que se tem é que entra-se no ritmo do raciocínio dela, que ainda tenta entender tudo o que se passou. É um turbilhão de saudade, dor, luto e amor. Mas esse turbilhão é muito organizado. É como Didion mesmo escreve num trecho lá: em momentos difícieis, leia, pense, se informe, organize. O livro é muito bom mesmo, mas meio triste. Presente da minha tia Teresa Cristina.
Lido em português.



