"84 Charing Cross Road"
Helene Hanff consegue me divertir e me emocionar com suas cartas maravilhosamente criativas e tocantes. A conheci no cinema, com a versão fidelíssima feita por Ann Bancroft e nunca mais parei de apreciá-la. Mas, incrivelmente, nunca tinha lido seus livros. O primeiro foi esse, como tinha que ser. Me deliciei da primeira à última página, mesmo já sabendo do conteúdo da maioria (o filme é muito fiel mesmo). Esse livro é pra quem gosta de cartas, de detalhes, de sensações delicadas e, claro, de humor. Ma-ra-vi-lho-so.Lido em inglês.




Lya Luft escreve com raiva. Eu leio os textos dela e a imagino totalmente envolvida, dedicada e concentrada a dizer o que pensa sobre seus temas. Parece que ela tem uma idéia, senta na cadeira e escreve de uma vez só. Um fluxo de criatividade, de idéias, de opiniões. Parece, sinceramente, que essa senhora está é escrevendo um blog, botando pra fora, refletindo, deixando as idéias correrem pra fora de sua cabeça. Quando crescer, quero escrever como ela. :c) Presente da minha mãe.
A jornalista Katarina Wennstam escreve um livro eletrizante sobre casos de violência sexual contra meninas na Suécia, tendo como base os casos jurídicos contra os culpados. Mas, na verdade, estranhamente, a questão da culpa é que é interessante - como aliás, fica claro no título do livro, "A menina e a culpa".
O jornalista alemão Günter Wallraff conta suas experiências disfarçado como trabalhador turco em uma Alemanha muitíssimo preconceituosa e onde trabalho desumano é coisa cotidiana pra imigrantes. Publicado pela primeira vez em 1985, o livro, cujo título original é "Ganz Unten", ganhou sucessivas reedições, também aqui na Suécia. Aqui, inclusive, pesquisar undercover assim como o alemão fez virou uma mania, batizada com o sobrenome dele. Os suecos passaram, então, "att wallraffa". Livro muito interessante, fora as longas partes que discutem a situação alemã da segunda metade dos anos 80. Aí, fica tudo muito datado. De resto, uma obra atualíssima. Infelizmente.

Péssimo
