
O livro da minha geração. Marcelo Rubens Paiva escreve uma autobiografia sobre o acidente que o deixou tetraplégico, a vida e a morte do pai, sua família. Muito emocionante. Li quando tinha mais ou menos 13, 14 anos. Fui à peça no Teatro Ipanema com o Marcos Frota no papel título, fiquei com vergonha de pedir autógrafo quando eu e uma amiga o encontramos na padaria da esquina, depois do espetáculo. Li o livro tantas vezes que parecia que era amiga íntima da família Paiva, numa espécie de síndrome da novela das oito. Isso durou até o dia em que meu colégio resolveu promover um encontro com o escritor. Auditório lotado. Depois da palestra de abertura, quando Marcelo falou sobre o livro, o encontro foi aberto a perguntas. Eu, claro, faço a minha. Queria saber como estava a família dele, como vai sua mãe, Marcelo, perguntei, muito ingenuamente. Ele riu da minha pergunta e disse que ela estava bem... e fez pouco da minha curiosidade de fã. Me senti pequenininha naquele dia. Li ainda "Blecaute", que não achei lá essas coisas.
Lido em português.



