
Comecei a ler o livro de
Arundhati Roy esperando encontrar uma versão indo-britânica da Isabel Allende; uma contadora de histórias envolvente e fluída. Qual não foi minha surpresa quando me deparei com o estilo caracolístico da autora. Explico: ela escreve maravilhosamente bem, porém sem qualquer respeito por linha de tempo ou de acontecimentos. Parece que tudo acontece ao mesmo tempo, a vida de seus protagonistas quando eram criancas se passa paralelamente à vida adulta. Tudo parece acontecer simultaneamente (com
muuuitos adjetivos em todas as frases), o que pode representar dificuldades pra quem se acostumou a narrativas mais linerares e diretas. É preciso aprender a gostar da linguagem multicolorida e aparentemente desordenada de Roy, seguir em frente com fé, sacolejar na estrada sem perder a confianca, porque no final (no meio, no início?) tudo faz sentido.
E aí, você percebe a história incrivelmente triste que acabou de ler.
Lido em inglês.


